segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Por enquanto eu só.

Vontades, de ser ou melhor acontecer
E ir onde se passa, o impossível
Passível de erros nocivos
E o ato de vida se confundi com apatia

E quando o escuro deixa de ser obscuro
A clareira rouba a cena, como um desfeche
Como um enfeite, pois não é certamente o que vingará
Nos olhos o brilho opaco da sinceridade
No céu estrelas que se escondem atrás da lua

Comigo apartar das coisas caem ao fim do dia
Singela obstrução do que não há, mas se criou
Paciência, por dias de glória
Me esqueço em minha agonia
Faço de hoje qualquer dia

Quando vai cair um pingo de tinta nessa tela triste?
Quando a loucura vai deixar que eu seja normal ?
Quanto normal é essa loucura?

É como correr com rumo, se estar longe é permanente
Sim, rastro de luz. Não já nada reluz.
Reduz e pouco a pouco apagaram-se
E num piscar de dia e noite
Eu volto, como se tivesse nascendo novamente
Como se estivesse apenas ficado doente

Arrastando como se houvessem correntes
Me soltando como se estivesse preso
Mundo planeta prisão
Preso por próprias contradições, criações
Do que posso, já não vejo
Do que sou feito, foi desfeito
O momento de sorrir, se fechou com despeito
A claridade já não alcança o que o escuro tomou

A tanta vida presa apenas em um momento
Que pode ser um segundo ou eterno
E ai o que eu sou? Um pedaço de sonho
Um riso tristonho
Uma parte se desliga e outra se refaz

Atitude cerebral de assumir a parte que parou
É sim, a solução. Substituição de conceitos
Há sempre mil revoluções a se fazer dentro de um ser
Tem sempre algo pra perder, pra se tornar melhor
Onde fica o meu reset? Será que viver é teste?

Astuto, espero o momento
Ainda bem que me sobra uma brisa leve de vento
Que ainda pareça tudo acabar por agora
É só o começo de uma nova temporada de sentidos
E que é fácil parar, e eu não tenho gosto pelo fácil

Um espelho quebrou, não vejo mais aquela mesma imagem
O mundo mudou, o meu. Os arredores do meu pensar
A fronteira se abriu, e quando meus olhos se perderam
Achei estar perdido.

Mais um sempre outro momento
Se faz e sempre se fará o caminho
Distante de coisas tolas
Caminhante noturno, afim de novos fins
Monotonia indiscreta, como isso me desperta

Já havia visto outras versões dessa história
Contada por mim mesmo
Mas agora, uma fagulha incendiou o palheiro
E a agulha!? Naturalmente não queima
Ficará fácil encontrá-la!


Bruno.

Nenhum comentário: